FACULDADE DE TEOLOGIA NACIONAL
MESTRADO - SINTESE
O
EVANGELHO DE MARCOS: A NOVA ALIANÇA - A VIDA DE JESUS COMO UMA “BOA NOTÍCIA”;
ANUNCIAR E FAZER O REINO DE DEUS. (Cap.
1 2 3 e 4).
EUGENIA
GOMES DA SILVA
SÂO
LOURENÇO – MG
2016
EUGENIA
GOMES DA SILVA
O
EVANGELHO DE MARCOS: A NOVA ALIANÇA – A VIDA DE JESUS COMO UMA “BOA NOTÍCIA”;
ANUNCIAR E FAZER O REINO DE DEUS. (Cap. 1 2 3 e 4).
TCC
apresentado ao Curso de Graduação e
Teologia Faculdade e Seminário Teológico Na
cional,
como requisito parcial para a obtenção
do título de Mestre.
Orientador (a)
( )
Prof.
SÃO
LOURENÇO – MG
2016
DEDICATÓRIA
Aos meus mestres pela
paciência e sapiência em saber conduzir o aprendizado respeito e dedicação. A
todos que de alguma forma colaboraram com este trabalho: aos amigos e
colaboradores. A meu Irmão e família, pela alegria e certeza do chegar.
Agradecimentos
RESUMO
SILVA, Eugenia G. Evangelho de Marcos: A vida de Jesus
como uma “Boa Notícia” a humanidade; anunciar e fazer o Reino de Deus. 2016. 27
folhas. Monografia – Mestrado em Teologia – Faculdades Integradas de Minas
Gerais, São Lourenço, 2016.
O
Novo Testamento ou Nova Aliança é a parte da Bíblia que conta a história da
vida de Jesus Cristo narrada nos Evangelhos, isto é uma boa notícia a
humanidade. Jesus não escreveu em sua vida não deixou nada escrito. Sua missão
foi anunciar e fazer o Reino de Deus, fundamentada no amor, na Justiça e no
serviço sobretudo aos pobres. Inicia seu Evangelho falando de João Batista. É o
poder da força da realeza do filho de Deus. É o segundo livro em ordem
cronológica – apresentado no Novo Testamento. João Marcos era o seu nome
completo. Amigo de Simão Pedro um dos dez apóstolos de Jesus Cristo, durante
seu ministério público na Terra. É o mais curto dos quatro livros. Apresenta
muitos focos importantes. Profetizado no Velho Testamento. Demonstra que Jesus
era o que chamava ser: o Filho de Deus que viveu uma vida sem pecado. O livro
registra os milagres de Jesus sobre a natureza. O fato mais importante no
Evangelho de Marcos é a evidência de que Jesus Cristo venceu o poder da morte –
ressurreição- não há autoridade maior que a de Jesus Cristo. Ele é o Único
Filho de Deus.
The New
Testament or New Covenant is part of the Bible which tells the life story of
Jesus narrated in the Gospels, this is good news to humanity. Jesus did not
write in his life left no writings. His mission was to announce and make the
Kingdom of God, based on love, justice and service especially to the poor.
Begins his Gospel speaking of John the Baptist. It is the power of the son of
the royal power of God. It is the second book in chronological order -
presented in the New Testament. John Mark was his full name. Friend of Simon
Peter of the ten apostles of Jesus Christ during his public ministry on earth.
It is the shortest of the four books. It presents many important spots.
Prophesied in the Old Testament. It shows that it was Jesus who was called to
be: the Son of God who lived a sinless life. The book records Jesus' miracles
over nature. The most important fact in the Gospel of Mark is the evidence that
Jesus Christ overcame the power of death – resurrection - there is no greater
authority than that of Jesus Christ. He is the only Son of God.
Palavras-chave:
Marcos (1:11): “Então foi ouvido uma voz dos céus”. Tu és o meu Filho amado, em
ti me comprazo.
Palavras-chave:
Marcos (10:14)-15): “Jesus, porém vendo isto, indignou-se e disse-lhes; “Deixai
vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus”.
Palavras-chave:
Marcos (10:45): “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
Palavras-chave:
Marcos (16:15): “ E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura”.
SUMÁRIO
1-
INTRODUÇÂO
------------------------------------------------------- ---------11
2-
A PREPARAÇÃO PARA O MINISTÉRIO DE CRISTO -----------------15
2.1 O BATISMO DE JOÃO BATISTA -----------------------------------------------15
2.2 SUA TENTAÇÃO ------------------------------------------------------------ ------15
2.3
O MINISTÉRIO DE CRISTO: Os quatro Apóstolos.
--------------- -------16
3.0 A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÀRIA DE CRISTO: Cafarnau -- --16
3.,1 FILHO DE DEUS. -------------------------------------------------------------- ---17
3.2 LEVI, FILHO DE ALFEU. ----------------------------------------------------- ---18
3.3
AS BODAS DE CANÁ. -------------------------------------------------------------18
4 .MINISTÉRI DE CRISTO: AS EXORTAÇÔES
E PREGAÇÕES. ----- ---18
4.1 CRISTO PREGA NAS SINAGOGAS. -------------------------------------- ----18
4.2 A ESCOLHA DOS DOZE. ------------------------------------------------------ --19
4..3 OS AMIGOS DO MESTRE E AS ACUSAÇÕES A JESUS
POR PARTE DE
SEUS INIMIGOS. ------------------------------------------------------------------------19
5
PARÁBOLAS ENSINO ALEGÓRICO A BEIRA-MAR.---------------------20
6- CONCLUSÃO.
------------------------------------------------------------------------22
7 REFERENCIAS. -----------------------------------------------------------------------24
-
1 INTRODUÇÂO
O Evangelho[1] Segundo Marcos (em grego: κατὰ Μᾶρκον εὐαγγέλιον, τὸ εὐαγγέλιον κατὰ Μᾶρκον transl.euangelion kata Markon) é o segundo livro do Novo Testamento. Sendo o evangelho mais curto da Bíblia cristã, com apenas 16 capítulos, ele conta a historia de Jesus de Nazaré. O
Evangelho de Marcos é considerado o mais Antigo de todos os Evangelhos, anuncia
a Boa Notícia[2] a respeito de Jesus Cristo, dando atenção especial a sua
atividade constante e a sua autoridade. Jesus vai de um lugar para outro,
anunciando a vinda do Reino de Deus, ensinando multidões, fazendo milagres e
curando doentes. Para ajudá-lo ele escolhe doze homens, a qual chama de
“apóstolos”. Eles acompanhavam Jesus por toda parte aprendem o ministério do
Reino de Deus e depois saem para anunciar a mensagem silvícola.
O autor deste Evangelho, de fato deixou sua marca pessoal,
demonstrando que ele possuía um estilo Literário próprio. Este estilo pessoal,
não é contrário a doutrina da inspiração orânica-vital, mas é uma expressão
dela, pois, como bem demonstra Stott, Jhon R. W. (1996), se referindo à
inspiração dos escritos do Novo testamento, “o Espírito primeiro preparou, e em
seguida usou sua individualidade de formação, experiência, temperamento e
personalidade, a fim de transmitir Por meio de cada um alguma verdade
distintiva e apropriada”. A autoridade de Jesus vem de Deus. Ele é o Filho do
Homem, aquele que Deus escolhe e enviou para ser o Salvador de todos (10,45).
Portanto ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar
pecados.
Este evangelho começa com o batismo de Jesus no rio Jordão por
João Batista {1.9-11} e terminou com a ressurreição de Jesus Cristo (16. 1-8). Quanto
ao texto de Marcos é o mesmo que aparece em Mateus ou Lucas, a tradução deve
ser a mesma para os três [ou dois] Evangelhos. Mas isto não é de grande
importância na primeira tradução dos Evangelhos para determinada língua. È menor deles, e serviu como uma das fontes
para Mateus e Lucas escreverem os seus evangelhos.
O Evangelho segundo Marcos é uma seqüência de narrativas livres da
vida de Jesus e de sua atividade. O autor deste texto procura mostrar quem é
Jesus, a partir do relato de pessoas que com ele conviveram.
Evangelho não é exatamente o nome de livro da Bíblia, mas se
refere á boa notícia sobre a salvação trazida por Jesus Cristo (Mt 3.1-12, Lc
3. 1-20; Jo 1.19-28). Anuncia portanto, o evangelho de Jesus (Cristo=Messias),
Filho de Deus. A ação salvadora de Deus que se manifestou através da vida,
morte e ressurreição de Jesus é realizada continuamente, pois o evangelho é
esta ação divina ainda hoje, para a humanidade. Embora o Evangelho de Marcos
não cite o nome do seu autor, temos evidencias suficientes para a identificação
do mesmo. Todos os pais da Igreja primitiva citam Marcos, o ajudante de Pedro, como
sendo o escritor do livro. A Tradição relacionada com a autoridade de Marcos
remonta até Papías no fim do primeiro século ou no começo do século, e foi
confirmada pelos críticos, tais como Irineu, Clemente de Alexandria, Orígenes e
Jerônimo, como também no Prólogo Anti-Marcionita do segundo século. Eusébio, em sua História Eclesiástica afirma
que:
“Por outro lado, cremos necessário acrescentar, ao que já dissemos
sobre Papias, a tradição que expõe a respeito de Marcos, que escreveu o
Evangelho, dizendo assim”O presbítero dizia também o seguinte. Marcos, que foi
o intérprete de Pedro escreveu fielmente, embora desordenadamente, tudo o que
recorava sobre a palavra e as ações do Senhor. De fato, ele não tinha ouvido o
Senhor, nem o havia seguido. Mais tarde, como já disse, ele seguiu a Pedro, que
lhe dava instruções conforme as necessidades, mas não como quem compõe um
relato ordenado das sentenças do Senhor. Assim, Marcos em nada errou escrevendo
algumas daquelas coisas da forma como as recordava. Com efeito, sua preocupação
era uma só não omitir nada do que tinha ouvido, nem falsifica r nada do que
transmitia” Esse é o relato de Papias a respeito de Marcos. (EUSÉBIO DE
CESARÉIA, 1995, p. 331).
Irineu de Lião (1995), confirmava esta autoria declarando que: “quando
Pedro e Paulo evangelizavam em Roma[3] e
aí fundavam a Igreja. Depois da morte deles, também Marcos, o discípulo e
interprete de Pedro, nos transmitiu por escrito o que Pedro anunciava” Clemente
de Alexandria em sua obra intitulada Hyotyposeis (cerca de 190 a 200 d. C)
coloca que “Pedro pregou a palavra publicamente em Roma anunciando o evangelho
pelo Espírito, aos presentes. Marcos fazia o que lhe foi pedido”Orígenes que
viveu cerca de 210-250., também é citado por Eusébio;
“em segundo lugar, o {Evangelho} segundo Marcos, quem o escreveu
de acordo com as instruções de Pedro,e também a quem Pedro em sua epistola
geral lhe reconhece como a seu filho, dizendo “aquele que está na Babilônia,
também eleita envia lhes saudações, também, a Marcos ...” (EUSÉBIO DE CESARÉIA,
et.al p. 6,7).
Onde Marcos, o companheiro de Pedro, era o João Marcos de Atos 12:
12, 25 e 15: 37-39, esta tem sido a opinião geral entre os críticos com exceção
dos mais radicais. Estão de acordo com os testemunhos históricos da Igreja primitiva.
De forma muito didática organizou seu argumento a partir dos pontos
geográficos, demonstrando como a tradição afirmou a uma só voz a autoria do
segundo Evangelho como pertencente a Marcos;
“a evidência se estende através de vários séculos, desde Eusébio
até Papias. Vem de todas as regiões. Da
Ásia, áfrica e Europa; ou seja , desde o leste (Papias de Hierápolis, Eusébio
de Cesárea); do sul (clemente de Alexandria, Tertuliano de Cartago); e do oeste
(Justino, o Mártir e o autor do Fragmento de Muraton de Roma. Ás vezes, há duas regiões
representantadas Poe uma só testemunha o leste e oeste(Irineu da Ásia Menor,
Roma e Lião); o sul e o leste (Orígenes de Alexandria e Cesárea). Ortodoxo e
heterodoxo, textos gregos antigos e versos remotos acrescentam seu peso a mesma
condição”. (HENDRIKSEN, G. P. 1987. 58).
Adolf Pohl (1998), resume bem ao afirmar que “este é o cerne da
tradição sem questionamento de amigos e inimigos ficaram pelos séculos estes
fatos a autoria de João Marcos, sua ligação com Pedro e a ligação do Evangelho
com Roma”. É óbvio que o autor era conhecedor dos territórios da Palestina e
Jerusalém em particular. Faz referências que são evidentes (11-1) revelando o
seu conhecimento da área. Era conhecedor do aramaico, a língua Palestina, como
indica o uso que fazia dela como também a grande evidência da influência do
aramaico no seu grego, estava familiarizada com instituições e costumes judeus,
(1:21:14;7:2-7). Todas estas indicações apontam um judeu
da Palestina como autor; de acordo com Atos 12:12 encaixa nesta descrição, pois
morava em Jerusalém.
Não há nenhuma declaração no Evangelho nem no restante do Novo
Testamento, da qual possamos traçar uma data específica para a origem do livro.
Ultimamente a maioria dos mestres colocam na entre 50 e 80 a. C., com preponderância
de opiniões favorecendo a 65-70 a. C.. Irineu diz:: “Mateus também produziu um
Evangelho escrito em hebraico em seu próprio dialeto, enquanto Pedro e Paulo estavam
pregando em Roma e estabelecendo os fundamento da Igreja. Depois de sua
partida, Marcos, o discípulo e interprete de Pedro, escreveu anotando o que foi
pregado por Pedro (IRINEU CONTRA AS HERESIAS, III 1.1).
Ouvimos falar pela primeira vez sobre Marcos em Atos 12;12 onde se
fala de uma reunião de oração na casa de
sua mãe, jovem ainda viajou com Paulo e Barnabé até Perge em sua primeira
viagem missionária (Atos 13:5,13). Tendo ele retornado para casa em lugar de
continuar no grupo. Paulo recusou-se a levá-lo na segunda viagem (Atos
15:36-41). Marcos acompanhou seu primo Barnabé (Cl 4:10) a Ilha de Chipre[4] Bem mais tarde ele
apareceu com Paulo durante a sua primeira prisão em Roma (Cl 4:10;Fm 23,24).
Esteve com Pedro na Babilônia[5] (I
Pe 5:13) e Paulo, durante a sua segunda prisão, pediu a Timóteo que trouxesse
Marcos a Roma porque tinha prova de ser útil ao trabalho (II Tm 4:11). O ápice
do evangelho de Marcos acontece em Cerareia de Felipe.
A quem se destina o Evangelho de Marcos? Qual a sua finalidade
prática visto serem seus leitores, ao que parecem cristãos, pois presume-se um
prévio conhecimento do assunto por parte de seus leitores? Diversas
peculiaridades notáveis da narração de Marcos fazem dele uma exceção entre os
Evangelhos. Descrito como pitoresco, enérgico e chamativo. Marcos é marcado
pela descrição de um ministério ativo, realizado por Cristo. Hendriksen G.
(1987), observa que “cada um dos primeiros onze capítulos de Marcos contém o
relato de pelo menos um milagre.” É quase unânime a opinião de que o segundo
Evangelho foi dirigido aos romanos. O hábito de Marcos de explicar termos
judeus bem como seus costumes apontam leitores gentios. As declarações de
Clemente de Alexandria de que os que os que ouviram em Roma a pregação de Pedro
insistiram com Marcos para providenciar uma narrativa escrita é base suficiente
para acreditarmos que o Evangelho foi dirigido aos Cristãos romanos.
De acordo com Eusébio de Cesárea (Hist. Ecl. II 9, 1-4), Herodes
Agripa I em seu primeiro governo sob toda a Judéia (41 d. C.) matou Tiago,
filho de Zebedeu, e prendeu Pedro, planejando matá-lo após a prisão judaica.
Pedro segundo autores foi solto e escapou do reino de Herodes. Depois de muitas
viagens pela Ásia Menor [6]e pela Grécia[7] ele chegou em Roma no segundo ano do Imperador Cláudio (42 d.
C.).
“Adolf Pohl
aponta seis características da Igreja de Cristã de Roma nos dias de Marcos.
Primeiro ela era uma das mais antigas e rica em tradições dentro do império.
... Os cristãos tinham na capital de Roma adquirido uma posição de premência
entre as demais igrejas do Império. ...A maioria da Igreja era gentílica. Em
Roma vivia uma comunidade cristã cheia de mártires. Com o desaparecimento dos
primeiros líderes daquela comunidade, surgiu Marcos para intervir e garantir á
igrja a tradição de Jesus”. (ADOLF POHL, 1998, p. 28).
Em algum ponto pelo caminho Pedro encontrou Marcos, o evangelista,
restaurou sua fé e levou e o levou como companheiro de viajem e interprete.
Marcos é enviado por Pedro para o Egito[8]. Desembarcou em Cirene, na
Pentápoles, percorreu a Líbia e a Tebaide, sempre em abundantes conversões e
finalmente fixa residência em Alexandria, no Egito. Onde fundou uma Igreja
dedicada a Pedro que ainda vivia. A pedida da população Marcos compõe os
sermões de Pedro, compondo assim o Evangelho segundo Marcos. Antes de partir
para Alexandria no terceiro ano de Cláudio (43 d. C.). Lá, ele fundou a Igreja
de Alexandria, cuja sucessão até os dias de hoje é alegada por diversas
denominações mais particularmente pela Igreja Ortodoxa Copta. Aspectos da
Liturgia Copta podem ser referenciados ao próprio Marcos. Ele então se tornou o
primeiro bispo de Alexandria e tem a honra de ser o fundador do cristianismo. Ainda
de acordo com Eusébio (Hist. Ecl. II 24.1), sucessor de Marcos Adriano, no
oitavo ano do imperador Nero (62-63 d. C.), provavelmente por conta de sua
morte. Tradições coptas posteriores dizem que ele foi martirizado em 68 d. C. A
Igreja Ortodoxa Copta mantém a tradição de que Marcos, o evangelista, foi um
dos Setenta Discípulos enviados por Cristo, o que é confirmado pela lista de “Hipólito”.
Porém, a Igreja Copta adotou a tradição que mistura as figuras de
Marcos com João Marcos.
Ainda de acordo com a Igreja
Copta, Marcos celebrava á Páscoa quando pagões da cidade ficaram ressentidos
com os seus esforços para converter os alexandrinos da religião tradicional
helênica. Conta esta tradição que eles colocaram uma corda á volta de seu
pescoço e o arrestaram pelas ruas até que estivesse morto.
2 EVANGELHO DE MARCOS
Essas
palavras representam um título
indicativo do conteúdo do livro como um todo. O Termo evangelho aqui não é o
livro, mas a mensagem, as boas notícias da salvação por meio de Jesus Cristo.
Os fatores da vida e morte de Cristo formavam o principio do Evangelho. Para
Marcos a divindade de Cristo (Filho de Deus) é de primeira importância e assim
ele inclui o titulo do seu Evangelho. Segundo Barcley H. Swete (1998), defende que "Εὐαγγέλιον “(boas
novas” ou “evangelho”) em LXX ocorre apenas no sentido clássico de “uma
recompensa por boas notícias” (Samue l), no Novo Testamento, o termo é, desde o
princípio, associado ás notícias messiânicas.
2.1 A PREGAÇÂO PARA O
MINISTÉRIO DE CRISTO
Passando por cima do nascimento e primeiros anos da vida de
Cristo. Marcos volta-se para os acontecimentos que introduzem o ministério
público do Senhor. Conforme profetizado. Jesus foi precedido por um arauto
enviado a preparar os homens para seu ministério, João Batista veio como o
último representante da velha ordem de introduzir a personalidade Cristo Jesus.
O batismo e a pregação de João estavam de acordo com as Escrituras
– Conforme está escrito. Esta era uma fórmula usada para indicar “um contrato
inalterável”. A palavra batizar significava mergulhar ou submergir e assim se
referi á imersão. Não era um rito inteiramente novo, uma vez que o batismo dos
prosélitos judeus era uma forma de auto-imersão. João proclamou o batismo do
arrependimento. No Novo Testamento, o arrependimento tem um significado mais
profundo do que o seu sentido original de mudança da mente. Passou a se referir
a uma íntima mudança de direção e propósito, afastamento do pecado. - Para
remissão dos pecados.
2.2 O
BATISMO DE JESUS
Marcos descreve as multidões que acorriam de todos os lugares da
Judéia - saíam para serem batizados no rio Jordão[9], uma expressão que deve ser entendida
literalmente. Nos vrs 7 e 8 Marcos registra o âmago da mensagem do Batista Ele
pregava, ou proclamava como um arauto (Kerussõ), o fato da vinda de alguém. A
tira (correia) de couro usada para amarrar as sandálias. – João não se
considerava digno de servir o Mestre nem mesmo na qualidade de escravo. O
derramamento do Espírito Santo era esperado como modelo do período messiânico.
Toda o período compreendido entre o primeiro e o segundo advento de Cristo é
considerado messiânico., marcado pelo ministério do Espírito.
O ponto alto no ministério do precursor foi quando o “mais Forte”-
Jesus – veio se submeter ao batismo. Esse ato marcou o início oficial do
ministério público de Jesus. No Jordão- A preposição grega eis significando “em’, “no”, com as palavras “saiu da água” indica
uma entrada no rio, sugerindo imersão. Por que Cristo sem pecado foi batizado
com o batismo do arrependimento pode-se dizer que este foi um ato deliberado de
identificação com os pecadores. Cristo dava apoio ao Ministério de João
Batista.
2.3 SUA TENTAÇÃO
Marcos registra a tentação de Cristo em dois vs onde Mateus e
Lucas empregam onze e treze versículos respectivamente. Mas ainda ele manifesta
sua solidariedade com a humanidade submetendo-se as tentações. E logo. A primeira palavra de
1:10. A palavra Espírito refere-se ao Espírito Santo, tal como 1:8, 10. A
tentação de Cristo não foi um acidente inevitável. O vigoroso estilo de Marcos
pode ser observado na palavra impeliu quando outros Evangelhos usam “conduziu”.
Veja comentários sobre Mt. 4:1-11 e Lc 4:1-13 para detalhes da tentação genuína
á qual Cristo achou necessário resistir Hb 2:18; 4: 15 e por meio de sua
terrível realidade foi qualificado a ser nosso Sumo Sacerdote e Exemplo em momentos de tentação. Que ele não se
entregaria as solicitações do tentador foi assegurado pela Onipotência de sua
santa vontade.
3 O MINISTÉRIO DE CRISTO
A chamada
dos Quatro Primeiros Discípulos.
Novamente Marcos omite uma porção da vida e obra de Cristo, (...)
passando da tentação para o começo do ministério na Galiléia[10]. Depois de uma declaração introdutória (vs 14, 15): ele conta a
chamada dos quatro pescadores para o discipulado.
Kilgallen (1988), argumenta que,
historicamente, este chamado não teria sido tão súbito e que é possível que
Jesus os tenha encontrado antes, mas Marcos teria encurtado o relato para
enfatizar a devoção total dos novos discípulos a Jesus .Depois de João ter sido preso. Essas palavras sugerem que Marcos
passa por cima de um número grande de acontecimentos, (Jo 1:35-4:42). A mensagem
que Cristo proclama (Kerussón, ação continua) durante o ministério da Galiléia
foram ás boas novas que vêm de Deus. Marcos apresenta uma amplificação da
mensagem. O tempo está cumprido. A estação (Kairos) da preparação, o período do
Velho Testamento, chegará á consumação de acordo com o plano de Deus. Foi
descrita como tendo se aproximado. Não estava ainda presente de fato, mas
potencialmente.
Os termos eram: Arrependei-vos e crede no evangelho. A mensagem de
João foi uma mensagem de arrependimento, mas aqui se acrescentou uma observação
nova e positiva. O reino nestes versículos é espiritual e presente (Jo 3:3,3:
Cl 1:13). Simão e André já conheciam o Cristo na qualidade de Messias (Jo
1:3:3,5:Cl 1:3). É provável que João (Mc 1:19) fosse um dos mencionamos em Jo
1:35-39, que seguiam Jesus.
3.1 A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA NA GALILÉIA
Jesus iniciou o seu ministério na
Galiléia. Sabemos que a região da
Galiléia abrangia uma vasta porção de terra, com muitas cidades e vilas. Flavio
Joserfo (1982), afirma que, “somente há uma grande quantidade de aldeias e
vilas, mas também um grande número de cidades ... “ O ministério na Galiléia
destacou-se por três viagens missionárias, nas quais Cristo sistematicamente
levou sua mensagem a todas as partes da
Galiléia. A primeira e a terceira dessas viagens são contadas por Marcos. Nesta
seção descreveu o ministério em Cafarnaum e no interior da Galiléia, colocando
maior ênfase na primeiro em sua atividade missionária. Cafarnaum era uma cidade importante na principal estrada para
Damasco, sede da alfândega, a cidade dos cinco primeiros discípulos que Jesus
chamou o quartel general do seu ministério Galileu. Era costume convidar
pessoas qualificadas para ensinarem na sinagoga[11]. A sua maneira de ensinar, (Doutrina) como
também o conteúdo, foi o que os impressionou, por causa da diferença que havia
do ensino dos escribas. Estes últimos eram estudantes e mestres da lei escrita
e oral, que ensinavam citando a palavra da autoridade dos escribas antes deles.
Jesus falava como tendo autoridade direta de Deus.
Que temos nós contigo. Literalmente “O que há entre nós?” O homem
fala por si mesmo e pelo demônio que está nele. Bem sei quem és. Ele tinha consciência da verdadeira identidade de Cristo como o
Santo de Deus, identificando conhecimento sobrenatural concedido pelo demônio. Cala-ti! Uma palavra forte que significava amordaçar. A
força da ordem é quase igual ao nosso “cala boca”. Agitando violentamente. O
espírito convulsionou o homem ao deixá-lo. Deixando a sinagoga, eles foram á
casa de Simão, Onde André seu irmão, parecia que morava. Tiago e João os
acompanhavam, mas não se deve entender que a casa fosse deles. Provavelmente
era a casa citada em outras ocasiões posteriores que servia de quartel general
a Jesus E a qual ele retomava das suas
viagens missionárias. Achando-se com
febre. Marcos descreve a sogra de Pedro doente. Era um sábado (vs 21),
sendo esta provavelmente a razão da cuidadosa explicação de Marcos – que os
doentes foram trazidos á tarde, ao cair do sol. A cura não deveria ser feita
aos sábados. Os demônios estavam identificando Jesus como o filho de deus. –
Deixai-os falar. Era alta madrugada. Seu propósito era ficar orando em
preparação da viagem missionária pela Galiléia. Primeira viagem missionária. Sem
dúvida a cura do Leproso (vs 40-45)
aconteceu na viagem pela Galiléia. Deveria apresentar-se imediatamente ao
Sacerdote. Não digas nada a ninguém; mas vai. Isto cumprindo as exigências da
Lei. Até que fosse declarado limpo pelas autoridades, não tinha o direito de
reassumir suas atividades sociais. – Servir de testemunho ao povo. Deixando o
homem de obedecer acrescentou-se uma grande popularidade a Jesus como operador
de milagres, Desta forma as reuniões eram realizadas em ermos – vinham de todas
as partes.
O propósito do autor é mostrar o crescente conflito entre Cristo e
as autoridades judaicas. A popularidade do Senhor despertava o desfavor deles, uma vez que sua
mensagem, pela sua própria natureza, era contrária á crença e prática existentes. Em cada um dos
cinco incidentes assinalados pelo autor, os fariseus[12] são apresentados
murmurando entre si, ou abertamente levantando questões e objeções
.
4 CRISTO PREGA NAS
SINAGOGAS
A segunda discussão relacionada com o sabá e registrada por Marcos
(3:1-6) na sinagoga, provavelmente em Cafarnaum – em 3:7 fala-se parar o mar. Os Críticos do Senhor estavam observando, - fala-se, os críticos o
observavam. A prática de medicina no sábado era proibida pela tradição
rabínica, somente era observado em casos
extremos. Não era este o caso nesta instância. Se Cristo curasse o homem
seria acusado de violação da Lei do Sábado. É lícito: A pergunta de Jesus
retrocede ao princípio da necessidade – isto já discutido antes. Atender a
necessidade deste homem era fazer o bem; deixar de fazer era fazer o mal. Eles
calaram. O imperativo grego descreve-se os persistindo em silêncio. Responder
seria prejudicial.
Os herodíamos não eram por
assim dizer uma seita religiosa. Eram, porém, devotados á família de Herodes.
Não tinham verdadeira afinidade com os fariseus, que odiavam á dominação
estrangeira; isto poderia criar facções no meio o incidente registrado nos vs
7-12 fornece outros vislumbres da fama do Mestre, que trazia multidões para
vê-lo e ouvi-lo. Eram eles de todas as províncias com exceção de Samara, até de
lugares extremos da Palestina, Tiro e Sidon (vs. 7,8), o mar para onde Jesus se
retirou era o mar da Galiléia.
4.1 A ESCOLHA DOS DOZE
Desde o começo do seu ministério na Galiléia 91:14) até a escolha
dos doze, Jesus experimentou uma grande popularidade em levar sua mensagem. Ele
tinha acesso ás sinagogas e a oposição oficial estava apenas começando a se
consolidar. Jesus resolve selecionar um grupo – entre as multidões – de
discípulos. Em contraste, o segundo período do ministério na Galiléia foi marcado
pela presença dos doze apóstolos como auxiliares de Cristo. Este serviço
prosseguia, mas havia também um esforço da parte de Jesus da começar a instruir
os discípulos. Sua popularidade – entre os simples – e a oposição dos líderes –
continuou até que Jesus se retirou da Galiléia. A escolha dos discípulos
aconteceu em um monte, provavelmente nas vizinhanças de Cafarnaum. Alguns o
seguiam na viagem a região montanhosa. Deste grupo ele selecionou doze que foram designados como seus
apóstolos. Designou é o verbo grego que melhor traduz (epoésen; literalmente, fez). O propósito era: estarem com ele
(companhia), e para sair pregar e
expulsar demônios (v 15). Com relação a
Simão foi chamado de Pedro, onde o nome aramaico, Cefas foi usado em lugar de
grego Pedro. André. O irmão de Pedro, Bartolomeu, identifica-se como Natanael –
Tiago filho de Alfeu, pode ser o mesmo Tiago Menor (Mc 15:40). Tadeu é o mesmo
Judas, irmão de Tiago menor, Simão o Zelota. O nome encontrado nos melhores
manuscritos Gregos é “Kananaion”, uma transliteração do termo aramaico que
significa ‘Zelota[13]’. Parece que Simão, antes de ser chamado por Cristo, era membro
do partido patriota dos zelotas, que estavam a favor da revolta imediata contra
o poderio romeno.
“o evangelho começa com a chamada de Pedro, sem referência alguma
a narrativa de Cristo. O evangelho focaliza o ministério na Galiléia, e masis
especialmente nos arredores de Cafarnaum, cidade de Pedro,... São omitidos
alguns pormenores que destacam a pessoa de Pedro, em a narrativa da confissão de Pedro em Cesaréia de
Filipe...”(GRAHAN SWITT,C. E., 1983, 986).
É nesta altura que Mateus e Lucas colocam o Sermão do Monte.
Cristo retorna para a casa de Pedro.
4.2 OS AMIGOS DO MESTRE E
AS ACUSAÇÔES DOS SEUS INIMIGOS
Nos vs 3:20-35, indicam a atitude dos amigos e inimigos com
relação a Jesus. Que nem podiam comer pão. Marcos fala da grande multidão que
vinham ouvir Cristo. Os parentes eram membros da família, que na conotação
normal da frase grega, hoi, par autou.
Parece que sua mãe e parentes ficaram sabendo lá em Nazaré, de suas Incessantes atividades. Quando a
família chegou a Cafarnaum, encontrou o Senhor ocupado discutindo com os
escribas de Jerusalém. A discussão surgiu por causa das repetidas acusações dos
escribas. Acusavam-no de possuir poderes satânicos. Blasfemar contra o Espírito
Santo é o ato de imperiar, vilipendiar, falar maliciosamente contra o Espírito
Santo. Para tal pecado não haveria perdão. Visto que é réu, culpado, intimado,
tem o sentido de estar sob o seu domínio. Todos os manuscritos dão pecado
eterno em lugar de eterno juízo.
Por que dizem. A declaração dos escritos revela a natureza de sua
ofensa eterna. Eles explicavam os milagres de Cristo como exorcismo realizado
por poderes espúrios, quando na realidade eram realizados pelo Espírito
Santo. Entretanto não devemos
interpretar esta passagem como se ensinasse que uma simples declaração contra o
Espírito seja pecado imperdoável, pois isto seria contrário ao ensino geral das
Escrituras que todo e qualquer pecado será perdoado a alma arrependida. Jesus
estava ocupado – em discussão com os escribas- chegou sua mãe com seus irmãos e
mandaram chamá-lo. Parece que vinham de Nazaré a fim de estar com ele, repousar
e descansar ao que parece. Cristo aproveitou esta oportunidade para demonstrar
a importância de se relacionar com sua família
5 PARÁBOLA ENSINO ALEGÓRICO A BEIRA-MAR
Aqui surge um novo método de ensinar. Parábolas[14] – Ainda que Cristo usasse o ensino alegórico ao público em geral
anteriormente, si nessa ocasião do seu ministério ele começou a empregar como
vínculo importante de expressão parábolas
– conforme as multidões foram aumentando, a oposição se intensificava e
os seguidores se multiplicando. Jesus adotou a parábola como meio de instrução
dos seus próprios discípulos, de um lado, e do outro escondendo a substância do
seu ensino dos ouvintes hereges e
antagônicos. Nesta ocasião ele usou as
parábolas para ilustrar algumas características do Reino
O cenário para apresentação da primeira dessas parábolas foi á
beira-mar, presume-se seja o mar da Galiléia.
O solo a beira do caminho ficou endurecido á semente ficou na
superfície á vista de todos – as aves a comeram. A semente caiu no solo
rochoso, que não deve ser entendido como terra contendo pedras, mas uma rocha
coberta com fina camada de terra. O calor do sol primeiro transformou esse solo
de tal forma que produziu sabida germinação e, a seguir, queimou e secou a
tenrra plantinha.
E o restante da semente foi em boa terra. Vingou e cresceu. O
ministério. Nas misteriosas religiões pagas, os iniciados eram instruídos nos
ensinamentos esotéricos do culto, que não eram revelados aos de fora - Secretos. Sobre o
Reino de Deus, comentários (1:15). O ministério do reino é em última instancia
a mensagem total e completa do Evangelho. O propósito das parábolas era
instruir os iniciados sem revelar os itens da instrução aos que a compreendem. A
compreensão espiritual restringe-se aqueles que se tornaram espirituais pelo
devido encontro com Cristo e sua mensagem.
O semeador (v.3) não foi identificado, mas obviamente representa o
próprio Cristo e todos os outros que proclamavam o Evangelho. A semente é a
palavra, a qual é, conforme Lucas, a Palavra de Deus.
As aves de (4:4)
representam Satanás, que se aproxima daqueles que ouvem a mensagem e evita que
haja germinação da semente. Em outras passagens alguns ouvintes da palavra
receberam-na com alacridade. A declaração de que não tem raiz indica a superficialidade de sua recepção da palavra. São de pouca duração, ou transitória
que é a tradução para proskairoi
angústia e perseguições, pedras de tropeço – e eles se afastam porque sua
experiência com a palavra não é genuína. Os cuidados são ansiedades e
preocupações relativas aos interesses desta presente era de impiedade (mundo -
é uma tradição imprecisa de aion,que
se refere a um período de tempo). A fascinação das riquezas refere-se á
natureza, enganosa da promessa. Outra forma de entendermos a questão é o anseio
ou desejo das demais ambições, uma categoria geral incluindo tudo mais que
poderia sufocar a palavra e torná-la infrutífera.
A boa terra significa
as pessoas que ouvem a palavra e a recebem. As palavras de (4:21-25) são
declarações gerais que Cristo parece ter usado em diversas ocasiões. O propósito de Cristo era neste caso,
enfatizar a responsabilidade que recai sobre o ouvinte das parábolas. Aquele
que foi iluminado deve por sua vez, iluminar os outros (Mc 4: 21-23). Candeia é
a melhor tradução. Alqueire. Não era o mesmo alqueire; equivale ao celamim. Ao que tem. O princípio apresentado
nesta declaração deve ser aplicado especialmente ao reino da verdade e sua
apropriação. Aquele que tem posse da verdade e a usa receberá maior
esclarecimento, mas aquele que se recusa a apropriar-se da verdade perderá até
mesmo o conhecimento da verdade que possui.
A segunda parábola
sobre o reino que Marcos registra é a do solo que produz espontaneamente (VS.
26-29). Na realidade, ela recomeça no ponto onde a Parábola do Semeador parou,
prosseguindo exatamente na descrição do crescimento da semente que produz
fruto. O aspecto do reino que está se considerando é o aspecto presente,
espiritual, na sua realidade interna como também nas suas manifestações
externas. Este reino se estende pela semeadura da semente da palavra (v. 14). O motivo por que a terra por si mesma frutifica (automatê, “automaticamente”)
é que a semente contém vida, a qual, quando colocada no ambiente adequado,
produz conhecimento. A característica do reino da graça presente é espiritual,
conforme apresentado por está parábola, é que a mensagem do Evangelho pela sua
própria natureza, quando semeado nos corações dos homens produz crescimento e
frutifica espontaneamente.
A terceira parábola de
Marcos relativa ao Reino refere-se á semente da mostarda, (VS. 30-32). O reino
neste caso, foi comparado á um grão de mostarda sua semente é a menor conhecida
pelo povo da Galiléia. Esta parábola fala do desenvolvimento ulterior das
características do reino de Deus presente e espiritual. O ponto de partida aqui
é que a semente da mensagem do evangelho produzirá frutos, - em razão da sua
própria vitalidade interior e sobrenatural, crescerá em proporção.
Gandara (mc 4:35-5:20). Previamente por necessidade de descanso e
isolamento Jesus propôs uma viagem através do lago da Galiléia. Marcos
apresenta uma narrativa pitoresca da tempestade que foi apaziguada (Mc 4:35-41)
e da libertação do homem endemonhado que Cristo encontrou do outro lado. Grandes tempestades de ventos era típico do
mar da Galiléia, o que agitava as águas em fortes tempestades. A narrativa de
Marcos é cheia de vida e ação. As ondas arremessavam contra o barco. Marcos
narra a ordem que Cristo deu á tempestade. O aoristo grego mostra que ele
repreendeu o vento uma vez (ação imediata), e houve grande bonança. Não houve
necessidade que o Senhor repetisse a sua ordem, pois suscitou obediência
imediata. Aos apóstolos, Cristo os repreendeu – por causa de seu medo covarde.
E transformou a ocasião em um estímulo para a fé. Se a confiança deles estivesse
firmada em Deus mesmo que ele estivesse dormindo, eles não teriam motivos para
temer. Deste ponto até o capítulo seguinte, \marcos relata grandes milagres
realizados por Jesus muito mais poderosos do que os relacionados até então. A
intenção de Marcos era provavelmente demonstrar a grandeza da autoridade de
Jesus (em grego: εξουσíα; transl.: exousía Jesus acalma a tempestade
demonstra sua autoridade sobre a natureza. Ao expulsar uma legião de demônios
demonstra seu poder de expulsar não apenas
um, mas vários demônios dos demonstra seu poder supremo.
6. CONCLUSÃO
O Livro de Marcos é
considerado pelos eruditos um dos três evangelhos sinópticos.
Marcos foi o primeiro
dos evangelhos canônicos a ser escrito, servindo como fonte para os evangelhos
de Marcos e Lucas. A razão porque este evangelho recebe tanta atenção por parte
da comunidade acadêmica é a crença generalizada de que o Evangelho de Marcos é,
provavelmente uma fonte inspiradora e base dos evangelhos. Assim, os eruditos
no Novo Testamento concordam que este é um documento, inicio onde tudo começou
é a própria vida do Cristo.
O Evangelho de Marcos é
o mais curto dos Livros do Novo Testamento. Evangelhos canônicos quer,
manuscritos, pergaminhos – quanto os códigos possuem diferentes versões do
texto, principalmente no inicio e no final. Estas perdas não afetam
essencialmente o conteúdo teológico do Evangelho.
O Evangelho de Marcos é
diferente dos outros Evangelhos em vários detalhes, na linguagem e no conteúdo.
Sua teologia é única. Os cristãos consideram este Livro como devidamente
inspirado, tendo a teologia desta obra em
concordância com a do resto da Bíblia. Cada um vê Marcos como uma das
mais importantes contribuições para a teologia cristã, apesar dos cristãos
discordarem ás vezes sobre a natureza dessa teologia. No entanto, a
contribuição deste evangelho para a literatura do Novo Testamento pode ser
identificada como única em si.
Marcos é visto como um
historiador quanto como teólogo, declarando que sua narrativa seja sobre o Evangelho
de Jesus Cristo. O conhecimento sobre a
verdadeira identidade do Messias está oculto e somente aqueles com uma
visão espiritual podem ver. Marcos não escreveu seu evangelho apenas como um
trabalho fruto do ditado de Pedro, antes, empresta seu estilo e sua própria
exegese que apontam uma forte influência de Pedro sobre seus escritos. O
evangelho começa, logo após uma pequena preparação com a chamada de Marcos:
Este evangelho focaliza o ministério de Jesus Cristo na Galiléia, e mais
especialmente a Pedro. A vividez da narrativa indica que são experiências
pessoais de uma testemunha – especificamente nos arredores de Cafarnaum, cidade
de Pedro.
Marcos – é uma obra
inovadora, vibrante e cheia de emoções e ação, inovadora porque foi Marcos quem
criou este estilo literário: Evangelho, que no grego mais ressente quer dizer
“boas notícias”. Trata-se de um testemunho cristão e não exatamente de uma
biografia.
7.
REFERÊNCIAS
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- LUND/P, E. NELSON, C. Hermeneutica. ed. Ida, 2003. P. 1997
DADOS BIBLIOGRAFICOS
[1]
Os evangelhos são
um gênero de literatura do cristianismo
primitivo que contam a vida de Jesus, a fim de
preservar seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus. O desenvolvimento do cânon
do Novo Testamento deixou quatro evangelhos
canônicos, que são aceitos como os únicos
evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos. Do
Grego (evangelion), significa "Boa Notícia" , "Boa Nova",
"Boa Mensagem". A chegada do Reino dos céus, através de Jesus Cristo.
[2]Anunciamo-vos
a Boa Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para
nós, seus filhos, ressuscitando Jesus" (At 13,32-33). A Ressurreição de
Jesus é a verdade culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade
central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela
Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada, juntamente
com a Cruz, como parte essencial do Mistério Pascal.
[3] Denomina-se Roma Antiga a civilização que surgiu de uma pequena comunidade agrícola fundada
na península Itálica no século VIII a.C. Localizada ao longo do mar Mediterrâneo e centrada na cidade de Roma, tornou-se um dos maiores
impérios do mundo antigo
[4]
Chipre (em grego: Κύπρος; transl.: Kýpros pronunciado: [ˈcipros]; em turco: Kıbrıs pronunciado: [ˈkɯbɾɯs]),
oficialmente República de
Chipre (em grego: Κυπριακή Δημοκρατία; transl.: Kypriakí
Dimokratía; em turco:Kıbrıs Cumhuriyeti), é uma ilha situada no mar
Mediterrâneo oriental
ao sul da Turquia, cujo território é o mais próximo, seguindo-se a Síria e o Líbano, a leste. O país é também membro da União Europeia (UE). O terço restante (norte da ilha) foi ocupada
pela Turquia em 1974, que então institui a República Turca de Chipre do Norte, nunca reconhecida pela ONU, reconhecida apenas
pela própria Turquia.
[5] BABILÔNOA. Babilônia foi
o nome da capital da Suméria, na antiga Mesopotâmia, que
atualmente é o Iraque. Babilônia significa "Porta de Deus", os
judeus, no entanto, dizem que é um termo de origem hebraica, que significa
"grande confusão", e inclusive aparece na Bíblia.
[6] A Ásia Menor é uma região em
que os continentes da Ásia e
da Europa ficam
próximos um do outro, separados apenas por uma faixa estreita de mar. É também
conhecida por seu nome grego, Anatólia. No passado, era ponto de encontro de
viajantes que passavam entre a Ásia e a Europa. Hoje, é parte da Turquia.
[8] O Egito: (em egípcio
antigo: Kemet;
em copta Ⲭⲏⲙⲓ, translit.: Kīmi; em emárabe: مصر,
translit.: Miṣr, pronunciado: [mi̠sˤr], pronunciado
em árabe egípcio: [mesˤɾ]; em árabe egípcio: مَصر, translit.: Maṣr, pronunciado: [mɑsˤɾ]), oficialmente República
Árabe do Egito (em
árabe: جمهورية مصر العربية, transl. Jumhūriyyat Miṣr al-ʿArabiyyah,[8] em árabe egípcio: Gomhoreyyet
Maṣr el-ʿArabeyya) é um país do nordeste da África, numa região predominantemente desértica, que inclui também a península do Sinai,
naÁsia, o que o torna um Estado
transcontinental. Com uma área de
cerca de 1 001 450 km², o Egito limita-se a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel.
[9] O rio
Jordão (em hebraico: נהר הירדן, nehar hayarden; em árabe: nahr al-urdun) é um rio de grande importância religiosa que se
situa na Palestina, formando o talvegue do Vale do Jordão, a fronteira natural entre Israel e a Jordânia. Jordão significa aquele
que desce ou também lugar onde se desce (bebedouro). O rio desagua no mar Morto.
[10] Galileia (em hebraico: הגליל; transl.: Hagalil, literalmente: a província;
em grego clássico: Γαλιλαία;
em latim: Galileia; em árabe: الجليل;transl.: al-Jalil),
é uma grande região no norte de Israel que
se confunde com a maior parte do Distrito administrativo do norte do país.
Tradicionalmente dividido em Alta Galileia (em hebraico: גליל עליון; transl.: Galil Elyon,
Baixa Galileia (em hebraico: גליל תחתון; Galil Tahton), e da Galileia
Ocidental (em hebraico: גליל מערבי; Galil Ma'aravi), estendendo-Dan,
ao norte, na na base do Monte
Hermón, junto ao monte Líbano cumes dos montes Carmelo e Gilboa para
o sul, e do vale do Jordão,
a leste através das planícies do vale de Jizreel e Acre ao
litoral do mar Mediterrâneo e da planície costeira, a oeste.
[11] Sinagoga é o local
de culto da religião
judaica, possui como o seu objeto
central a Arca da Torá. O serviço religioso da sinagoga, quando se forma um quórum, é feito
todos os dias, sendo que alguns envolvem leituras da Torá, cujos rolos são retirados da Arca (heikhal) e transportados até o púlpito (Tebá). O termo "sinagoga" tem origem na palavra grega συναγωγή, composta de σύν [sýn], “com, junto”, e ἄγω
['ago], “conduta, educação”, cujo significado amplo seria "assembleia".
[12]
Fariseu (do hebraico פרושים)
é o nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C.. Opositores dos saduceus, criam numa Lei Oral,
em conjunto com a Lei escrita, e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com a destruição de Jerusalém em 70 d.C.
e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da comunidade
judaica e se tornaram os precursores do judaísmo rabínico. A palavra Fariseu tem o significado de
"separados", " a verdadeira comunidade de Israel",
"santos".
[13]
Sãos - O termo zelota ou zelote (do grego antigo ζηλωτής, transl. zelotés, "imitador", "admirador zeloso"
ou "seguidor"[1] [2] ), emhebraico קנאי, kanai (frequentemente usado na forma plural,
קנאים, kana'im) significa
literalmente alguém que zela pelo nome de Deus. Apesar de a palavra
designar em nossos dias alguém com excesso de entusiasmo, a sua origem
prende-se ao movimento político judaico do século I que
procurava incitar o povo da Judeia a rebelar-se contra o Império Romano e expulsar os romanos pela força das armas, que
conduziu à primeira
guerra judaico-romana (66-70).
[14]As Parábolas
de Jesus são narrativas
breves, dotadas de um conteúdo alegórico, utilizadas nas pregações e sermões de Jesus com
a finalidade de transmitirem ensinamento.
Quanto à sua definição exata, a parábola pode ser uma narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca outra realidade
de ordem superior[1] ou uma espécie de alegoria apresentada
sob forma de uma narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos
possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades
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